O dia do Curinga



Autor: Jostein Gaarder
Nº de páginas: 384
Ano de publicação: 1990
Editora: Cia. das letras


" - Porque elas se habituam com o mundo! - (...) - Todos nós precisamos de muitos anos para nos acostumar com o mundo. E é fácil observar isso nas crianças pequenas: elas ficam tão impressionadas e admiradas de tudo o que vêem que simplesmente não acreditam nos seus olhos. Por isso é que elas vivem apontando para todos os lados e perguntando sobre todas as coisas que descobrem. Conosco, os adultos, a coisa é diferente; já vimos as coisas tantas vezes que acabamos por considerar toda a realidade algo absolutamente evidente." 

(Nunca pensei em ler um livro tão bom!) Hans-Thomas, um garoto norueguês de 12 anos embarca em uma viagem, com seu pai, até Atenas para procurar sua mãe. A mesma os deixou quando ele tinha uns 5 anos, dizendo que queria "se encontrar". Sabiam que ela estava em Atenas, pois a viram em uma revista de lá (ela é modelo). 
O pai de Hans-Thomas é um "filósofo" e ao longo do livro, ganhei muitos pensamentos para instigar os meus próprios. Filho e pai fazem acordos de parar na estrada e nessas paradas estão as melhores conversas.
Ao passar pela cidade de Dorf (Suíça), Hans-Thomas ganha um saco com alguns pães doces do padeiro da cidade e este o avisa que é para comer o maior por último. O garoto o faz e descobre um livro pequenininho dentro do pão e tem a intuição de usar um pedaço de vidro (lupa) que ganhou de um anão, quando parou num posto de gasolina, para ler o livro.
Nesse livro, há uma história sobre a Bebida Púrpura e a Ilha Mágica. 
Essa parte toda, é muito longa, mas vou resumir. Na ilha mágica, há vários anões e todos eles têm nomes de cartas e são separados por naipes. Eles têm que formar frases (tendo sentido ou não) para apresentar num certo dia do ano - O dia do Curinga. Todas as frases juntas, formam um tipo de profecia no mundo "real". 

" - Ele ainda coleciona curingas? - perguntou ela. - Ele próprio é um curinga - respondi. - Acho que você não o conhece. Ele é uma pessoa muito especial, entende? Nos últimos tempos, porém, não tem feito outra coisa a não ser tentar libertar o ás de copas de uma estúpida aventura na Grécia."
Capa do Livro de Bolso

Esse livro, além de ter uma história bem legal, me fez pensar muuuuito sobre como as coisas são. Fiquei horas conversando com minha mãe e depois pensando, sozinha, nas belezas e crueldades da vida. Muitos pensamentos não estavam no livro, mas se eu esforcei um pouco minha cabecinha, sei que consegui alcançar muita coisa que o autor queria passar. Merece 3 estrelinhas








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