Esperanto

Bom, vim aqui pra falar de um idioma chamado Esperanto. Vocês já ouviram falar?


"Esperanto: língua neutra internacional, criada para ser uma língua-ponte entre as diversas culturas do mundo; uma facilitadora da comunicação entre pessoas de todos os países. Neutra, fácil e democrática, está crescendo exponencialmente pelo mundo inteiro, principalmente devido ao advento globalizador da Internet."

Clique em continue lendo para saber mais sobre essa língua neutra que já tem mais de dois milhões de falantes no mundo todo e descubra como pode aprender! 



Renata Ventura (@esperantrix), autora nacional do livro A Arma Escarlate, criou um evento para exercício de mentes durante as férias de seus leitores e parceiros no Projeto Potter: aprender a falar o Esperanto. 
Depois de 92 pessoas terem entrado em contato para saber mais, ela resolveu abrir ao público e se vocês quiserem aprender acessem esse link aqui e comentem com o e-mail de vocês para receber as aulas. Para quem não tem facebook, podem me mandar o e-mail por comentário (não serão divulgados) aqui nesse post e assim que eu receber o meu, repasso a vocês. Ou mandem um e-mail para esperantrix@gmail.com .
Por hora, fiquem com a nota que a Renata escreveu sobre o idioma, em sua página ou acessem aqui para ler:


"É verdade, a média de tempo para que um brasileiro aprenda Esperanto é de 4 MESES. Se o aluno reservar para o estudo do Esperanto o mesmo período de tempo que reservaria para estudar inglês (tipo, durante uma hora, duas vezes por semana), levará ainda menos tempo para aprender. Tem gente que aprende em uma semana, fazendo um esforço um pouco maior.

Como 60% do vocabulário do Esperanto é inspirado nas línguas latinas (português, espanhol, francês, italiano, etc), é muito rápido e fácil decorá-lo. Se, além do português, a pessoa fala inglês e arranha espanhol, ou talvez um francês, aprenderá Esperanto ainda mais depressa. (30% do vocabulário da língua é derivado de línguas anglo-saxônicas, 10% de línguas eslavas. E a gramática segue a linha lógica das gramáticas orientais). Em suma, uma língua internacional por excelência.

O Esperanto foi criado para ser poeticamente bonito, gramaticalmente completo e, ao mesmo tempo, fácil de aprender. Eu tive uma aluna norte-americana pela Internet que me surpreendeu aprendendo em duas semanas. E era norte-americana! Eu realmente fiquei surpresa. Em duas semanas ela já tinha até criado um blog onde relatava (em Esperanto!) os progressos que ela e seu filho de 8 anos faziam na língua! Super legal.

Além do vocabulário, a gramática do Esperanto é genial. São apenas 16 regras básicas, sem as temidas exceções gramaticais das outras línguas. A pronúncia é regular: no Esperanto, cada letra tem um único som; cada som tem apenas uma letra para representá-lo. Em comparação, o inglês tem uns 12 sons diferentes para a letra A.

O que acontece por causa desses 12 sons diferentes? O aluno que aprende inglês precisa OUVIR cada palavra do vocabulário inglês pelo menos uma vez antes de poder lê-la corretamente. A não ser que chute certo a pronúncia. Quantos brasileiros falam o nome “Bush” errado? E continuam falando?

Em Esperanto, depois da primeira aula (quando aprende-se o som de cada letra), o aluno já pode ler corretamente qualquer palavra que aparecer na sua frente e escrever corretamente qualquer palavra pronunciada por outra pessoa em Esperanto. :-)

Como o Esperanto possui um sistema muito prático de sufixos e prefixos que você pode montar para formar palavras, a cada nova palavra que o aluno aprende, ele ganha automaticamente mais umas 40 outras palavras em seu vocabulário, sem nunca tê-las aprendido antes, apenas adicionando sufixos e/ou prefixos que já conhecem.

Por isso o Esperanto é tão fácil.

Atenção: ser fácil não significa ser bobo ou simplista. Muita gente acha que, por ser fácil, o Esperanto deve ser uma língua pobre em expressões. Muito pelo contrário. A pessoa pode brincar com as palavras de um modo que em nenhuma outra língua é possível. E, por isso mesmo, ele é a melhor língua para tradução. Por ser tão flexível, ele consegue expressar com mais exatidão as nuances das outras línguas.

E como anda o avanço do Esperanto como língua neutra internacional?

O Esperanto, hoje, tem mais de dois milhões de falantes espalhados por todos os países do mundo; um avanço muito rápido para uma grande ideia que tem pouco mais de 100 anos.

Desde sua criação, em 1887, nunca parou de crescer, apesar da dura perseguição que sofreu e ainda sofre da imprensa, do lobby de línguas nacionais com pretensões internacionais (francês, inglês) e de gente como Hitler, Stalin e Franco, que eliminaram (com gosto) milhares de esperantistas por terem a mania perigosíssima de se comunicarem com pessoas para além de suas fronteiras.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o nome Zamenhof (sobrenome do criador do Esperanto, Ludwik Lejzer Zamenhof) virou atestado de morte. Toda sua família foi executada ou morreu em campos de concentração, tendo sido uma das principais famílias a serem especificamente caçadas pelas tropas nazistas na Polônia. Apenas um neto sobreviveu, escapando do ghetto de Varsóvia e trocando de nome. O próprio Ludwik, no entanto, já havia morrido no começo da Primeira Guerra Mundial, deprimido por ver o mundo inteiro entrar em guerra - algo que ele, definitivamente, não esperava e não aguentou assistir.

Apesar de toda a perseguição ao longo de sua curta história, o Esperanto é hoje uma das 20 línguas mais usadas na Internet, superando o árabe em número de artigos na Wikipedia: mais de 150 mil. Tanto a comunidade virtual como a real é extremamente ativa, com trocas culturais ocorrendo todos os dias, em todas as partes do mundo. Dezenas de milhares de livros já foram traduzidos ou escritos direto em Esperanto (centenas de clássicos da literatura mundial, alguns nunca traduzidos para o português - outros nunca traduzidos para o inglês) e, anualmente, circulam centenas de revistas e jornais em Esperanto pelo mundo todo. A música não fica de lado, com centenas de bandas multiculturais fazendo sucesso mundo afora.

A UNESCO, em duas resoluções, já recomendou o ensino do Esperanto nas escolas de seus países membros. O governo chinês apoia o Esperanto, tem telejornal e rádio na língua e até um curso de Pós-Graduação. Para eles, o inglês é uma língua complicada demais e quase impossível de pronunciar. Eles tentam, até porque é a "língua do mercado" atual, mas acham vantajoso apoiar o Esperanto, que é neutro e não dá vantagens indevidas ao povo de qualquer outra nação. Já na Hungria, os vestibulandos já podem escolher Esperanto como prova de língua "estrangeira". Fez o maior sucesso a introdução dessa opção por lá.

O Brasil não ficou de fora; está prestes a aprovar uma lei que tornaria facultativo o ensino do Esperanto nas escolas, algo super positivo para as crianças brasileiras, já que estudos científicos pelo mundo demonstraram que o Esperanto estimula o raciocínio lógico em seus alunos, diminuindo o número de anos que levam para aprender outras línguas e aumentando as notas em todas as matérias escolares das crianças que participaram nos estudos. Suas notas aumentaram em até 40% nas provas de matemática.

Bom, por enquanto é isso. [...]"

Já enviei meu e-mail e você, está esperando o quê? 


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