A Culpa é das Estrelas


Autor: John Green
Nº de páginas:  288
Ano de publicação: 2012
Editora: Intrínseca 


Esse é o tipo de livro que me dá a certeza de que eu preciso ter um blog para poder escrever sobre. Em histórias como essa, eu sempre pesquiso outros comentários em blogs parecidos com o meu, para ver a opinião geral. Não para copiar pensamentos, nada disso. Apenas para tirar a limpo se o que eu acho que li, foi aquilo mesmo. Dessa vez, não o fiz,
Tem uns livros que são assim, depois de terminar, não consigo pensar em uma resenha padrão para o blog. Eles precisam receber pensamentos concretos. Mas quando eu realmente paro para analisar isso, vejo que quem precisa concretizar os pensamentos sou eu. Se não, fico com uma sensação de algo que não terminei. A leitura não se restringe só a ação de ler, mas também de fazer questionamentos durante e depois. E, se for boa mesmo, levar aprendizados para a vida inteira (e agregar status à uma conversa citando qualquer frase do livro que caiba à situação). 
E a culpa de eu estar com os pensamentos à flor da pele é desse livro. Não sei como John Green consegue fazer isso, ter uma personagem principal e deixar que outros personagens também sejam sentidos. Pensamentos que se completam ou mesmo antagônicos, simplesmente se fundem em uma infinita linha de pensamentos infinitos. 
Hazel, Gus, Isaac, o pai da Hazel e até mesmo o líder do Grupo de Apoio, Patrick, são personagens de identidade própria, que fazem parte de um todo. Muita gente se apaixona por A Culpa é das Estrelas pelo romance que envolve toda a trama. E eu, realmente, não posso negar que é muito fofo. Na verdade, o próprio autor quando fez a leitura do primeiro capítulo, em um vídeo do Youtube, em 2011, sintetizou a série como a história que envolve Hazel e Gus, os pais deles e o processo de crianças com câncer. 
Porém, já li histórias suficientes de Jostein Gaarder e C.S. Lewis para achar que há algo mais nesse livro de capa azul. Por mais que não tivesse sido a intenção do autor, eu simplesmente não consigo parar de confabular que tinham pensamentos muito bem elaborados sobre a vida e a morte. As tentativas dos seres humanos em deixar marcas e se realmente isso importa. Quer dizer, será que importa? E eu sinto em dizer que não sei. Quando terminei de ler, me senti muito pouco conhecedora da minha consciência. De verdade? Esse livro me fez sentir burra. 
E é por isso que eu gostei tanto dele. Chorei? Não diria isso, apenas uma fracassada tentativa de chegar ao início de um choro. Uma emoção garantida por ter me apegado à personagem e ter que vê-la partir e ver a outra sofrer por ela. Porque, por mais que eu tenha ficado alarmada sobre a minha inteligência, A Culpa é das Estrelas, é uma linda história de amor (mas que clichê, não é mesmo?). 


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